Foz do Iguaçu – A Operação da Itaipu colocou à prova, na manhã de domingo, sua capacidade de restabelecimento do sistema após um eventual apagão. O ensaio black start, o segundo do ano, ocorreu no setor de 50 Hz da usina, envolvendo brasileiros e paraguaios de várias áreas da Operação. O último ensaio tinha sido feito em agosto, no setor de 60 Hz.
O black start é a simulação do desligamento de unidades geradoras motivado por uma eventual interrupção de energia em parte do SIN (Sistema Interligado Nacional) e a retomada do sistema por completo. As principais hidrelétricas do Brasil também passam por simulações como essa.
Para realizar o ensaio, é preciso ter o aval do Operador Nacional do Sistema. “Só liberam o ensaio se as condições do sistema elétrico permitirem”, informa Evonyr Bordin Filho, da Operação do Sistema, de Itaipu. “Tem que ser feito em um período de carga leve e não ocasionar riscos reais para o sistema, por isso esse ensaio acontece no domingo”.
Com a anuência do ONS, o ensaio começa com o acionamento do gerador a diesel. É ele que vai levar a carga inicial para dar a partida na unidade geradora. Após isso, o barramento é alimentado e a tensão é levada até a subestação de Furnas. No cronômetro, o pessoal da Operação conseguiu fazer todo este trabalho em 21 minutos.